Tóquio é um mundo! Um mundo de caos organizado, com uma simbiose perfeita entre tecnologia, extravagância e religião.
Passámos 4 noites na metrópole japonesa, mas ficou demasiado por ver. Por isso, se conseguirem, fiquem mais tempo.
Onde ficar
Tóquio é enorme mas o sistema de transportes é eficiente, o que torna tudo relativamente perto.
Aconselhamos estadia perto das estações de comboio da JR Yamanote Line, que é uma linha circular que passa nos principais pontos a visitar em Tóquio. Por esse motivo, foi esse critério que utilizámos na escolha do alojamento.
Alugámos um airBnB simples e barato, perto da estação de Gotanda. Em 10 minutos estávamos em Shibuya, um dos bairros mais movimentados e onde o alojamento é mais caro. Cada estação dista apenas uns minutos da estação seguinte, portanto numa hora dão a volta completa à linha JR Yamanote.
Deixamos aqui o link do airBnB onde ficámos em Tóquio.
A maior parte dos alojamentos no Japão tem uma área muito reduzida, portanto não esperem quartos ou apartamentos espaçosos.
Se não tiverem problemas de claustrofobia, quiserem ter uma experiência diferente e poupar uns trocos, então ficar uma noite num hotel cápsula pode ser uma boa opção.
Caso nunca tenham ouviram falar neste tipo de alojamento, espreitem aqui para ficarem a conhecer.
O que visitar em Tóquio
De seguida vou enumerar apenas uma pequena parte do que podem visitar na imensidão de Tóquio!
Shibuya
Apanhem a JR Yamanote Line e parem em Shibuya, um dos bairros mais conhecidos de Tóquio.
A uns 10 metros desta estação situa-se o famoso “Shibuya Crossing“. Este é o cruzamento de ruas mais movimentado do mundo, onde circulam organizadamente mais de um milhão de pessoas por dia. Podem assistir ao vai e vem de peões e de carros no 2º andar da Starbucks, mas está sempre lotado. Em alternativa, podem fazer como nós e ir até um ponto mais alto e menos conhecido.
Entrem no Magnet by Shibuya 109, um centro comercial junto ao cruzamento, e subam até ao 7º andar. Cortem à esquerda quando sairem do elevador e andem sempre em frente, passando por toda a zona de restauração. Abram a porta corta-fogo para o exterior e subam umas escadas largas. Estão agora no Mag’s Park Shibuya Crossing View, com uma vista excelente e gratuita (já foi pago, é gratuito desde 2018)! Mais informações deste spot aqui.
Lembram-se do filme “Hachiko – amigos para sempre”, com o Richard Gere? O Hachi era um cão que esperava diariamente o seu dono regressar de comboio do trabalho, na estação de Shibuya. Um dia o dono não voltou porque faleceu, mas o cão continuou a esperá-lo todos os dias no mesmo local durante quase 10 anos. Em homenagem à sua lealdade foi construída uma Estátua do Hachi em frente à estação de Shibuya.
Harajuca, Shinjuku e Akihabara
À semelhança de Shibuya, os bairros Harajuka, Shinjuku e Akihabara são populares em Tóquio, e estão todos carregados com enormes outdoors luminosos que se atropelam uns aos outros pelos arranha-céus acima.
Caminhem livremente pelas ruas, entrem nas lojas, impressionem-se com a enorme quantidade de salas de máquinas de jogo (pachinko slots, semelhantes ao pinball). Vão a restaurantes típicos, comprem bebidas nas máquinas de venda automática, vejam a forma extravagante como alguns jovens se vestem. Assistam simplesmente ao dia a dia acontecer.
Podem incluir uma ida a qualquer loja Don Quijote. Há várias espalhadas por Tóquio onde podem encontrar produtos diferentes dos nossos. Referimo-nos às 40 variedades de Kit Kat (chá verde, meloa, menta…), às garrafas de lata da Coca Cola alusivas a várias cidades Japonesas, à Fanta de Amora, etc…
Tokyo Tower e Tokyo Skytree
Se gostam de vistas superiores podem ter uma boa panorâmica desta cidade subindo à Tokyo Tower ou à Tokyo Skytree.
A Tokyo Tower tem 333 mt em aço e o seu formato é semelhante ao da Torre Eiffel, mas em tons brancos e vermelhos. Por sua vez, a Tokyo Skytree é a segunda estrutura mais alta do mundo, com 634 mt, sendo possível avistar o Monte Fuji, se o clima o permitir.
Subimos ao deck de observação da Skytree já de noite, depois de visitarmos o imperdível Senso-ji Temple, que fica a 1,5km. Fizemos este percurso a pé, mas podem apanhar o comboio da linha Nikko-Kinugawa da Estação Asakusa até à Estação Tokyo Skytree, mesmo nas costas da torre.
Sabem aquela sensação de sermos pequeninos num sítio imenso? Foi isso mesmo que sentimos quando nos deparámos com a vista. Isso e um arrepio quando vimos os miúdos aos saltos numa parte com chão de vidro no alto desta torre!
Entradas na Tokyo Skytree das 8h às 21h (fecha às 22h), preços a partir de 15€ para adultos e de 5€ para crianças, gratuito até aos 4 anos.
Senso - ji Temple
O Senso-ji Temple localiza-se em Asakusa e tem entrada livre.
É uma ilha de culto no meio de uma zona urbana. Construído no ano de 645, com uma reconstrução parcial por ter sido atingido na segunda guerra mundial, é o templo mais antigo de Tóquio.
Após o primeiro portão têm um corredor de 200 metros com lojas a vender bugigangas que pouco têm a ver com o templo, mas sigam em frente que o templo vale muito a pena.
Antes da entrada principal do templo propriamente dito têm uma fonte onde se podem purificar antes de entrar, e uma espécie de caldeirão com incenso, cujo fumo também serve para limpar o espírito. Assistir a estes rituais dos japoneses, muitos por aqui ainda a usar o tradicional quimono, foi muito bom!
Depois do hall principal há ainda um jardim com um conjunto de templos.
Jardins japoneses
Os jardins japoneses são outra das muitas atrações de Tóquio. Há vários elementos na sua constituição, como lagos, peixes, pedras, pontes, arbustos, árvores, lanternas, tudo meticulosamente organizado de forma a criar um ambiente perfeito para o relaxamento e a meditação.
Podem visitar vários jardins japoneses, estes são alguns:
- Rikugien Garden – localizado a 10 minutos a pé da Estação Komagome da Yamanote Line, entrada 2,5€;
- Shinjuku Gyoen Garden – alcançável a pé pela estação de Shinjuku, 4€ de entrada;
- East Gardens – junto ao Palácio Imperial, entrada gratuita.
Ueno Park | Ueno Zoo
Como fomos com os miúdos decidimos ir até à zona de Ueno visitar o Ueno Zoo, inserido no Ueno Park (um local repleto de cerejeiras).
A atração principal são os pandas, mas estavam filas de 2 a 3h para os visitar, acabámos por saltar essa parte. Ninguém aguenta 3 miúdos pequenos parados tanto tempo! Não vimos os pandas, mas vimos okapis, macacos, tigres, elefantes, aye-ayes, morcegos, etc. Gostámos. Demorámo-nos por lá uma manhã, almoçámos dentro do Zoo – tem zona de restauração e zona de piquenique.
Os bilhetes custam 5€ para adultos e são gratuitos até aos 12 anos. Encerra às segundas.
Parques temáticos
Há muitos parques temáticos no Japão, como o Tokyo Dome City, o Sanrio Puroland Park (para os fãs da Hello Kitty) e o Tokyo Disney Resort, composto por dois parques: o Tokyo Disneyland e o Disney Sea (exclusivo do Japão).
Não visitámos nenhum, mas se fossemos mais tempo teríamos ido a um. No entanto, como somos adeptos do judo e nos deslocámos até ao Kodokan Judo Institute, aproveitámos e fomos até ao Asobono indoor park , que fica nas proximidades.
É um bom sítio para fugir da chuva ou do imenso calor (foi o nosso caso). Os miúdos divertiram-se por ali umas 2h com meninos japoneses, entre escorregas, piscinas de bolas e cozinhados.
O Tokyo Dome City, a uns metros do Asobono, não é apenas um parque de diversões, tem também um centro comercial e uma zona de restauração com esplanada ao ar livre. Jantámos por aqui comida típica japonesa.
Um local que adorávamos ter conhecido mas que não tivemos oportunidade: o Kawaii Monster Cafe, em Harajuku. É daqueles sítios completamente excêntricos, com um cenário único. Tem cabeças de coelhos e de unicórnios no teto e comida fluorescente. A indumentária que as empregadas usam condiz com a extravagância do local.
Se ficaram com curiosidade espreitem aqui este vídeo para verem a decoração de uma das salas do Kawaii.
Outro restaurante que parece igualmente alucinante é o Restaurant Robot, em Shinjuku. Tem um espetáculo cheio de luz e cor e lemos relatos de quem lá foi com crianças e adorou. Nós achámos que se fossemos para o meio daquela maluqueira de robots, cobras fumegantes, lasers e neons a piscar, o nosso miúdo mais novo (5 meses na altura) era menino para não dormir durante 2 meses. Preferimos não arriscar!
Já vos dissemos que ficou demasiado por ver? Um dia voltamos…