O Japão é um país muito seguro e bem preparado para receber famílias com crianças.
Fomos ao Japão quando os nossos 3 filhos tinham 5 meses, 3 anos (feitos lá) e 6 anos. O povo japonês foi muito recetivo, abordavam-nos com frequência para conversar e para pegar no bebé ao colo.
Inicialmente tínhamos receio que fosse um destino pouco atraente para os miúdos, demasiado citadino. Todavia, eles gostaram bastante e pedem para voltar.
Há muitos bonecos publicitários por todo o lado, muita luz e muita cor que os cativa constantemente. Só por aí já é animação garantida.
Podem visitar parques de diversões em Tóquio como a Disneyland de Tóquio, ou a Sanrio Puroland, que é a casa da Hello Kitty. No entanto, se espreitarem aqui no blog os artigos sobre as cidades por onde passámos percebem que são muitos os sítios interessantes para visitar com crianças além dos parques temáticos.
Aproveitámos a experiência da nossa viagem em família para escrever este artigo com informação que gostávamos de ter encontrado antes de ir.
Alimentação
Esta será uma das maiores preocupações dos pais em viagem. Perguntam-nos muitas vezes o que é que os nossos filhos comeram no Japão. Temos tendendência a associar o Japão ao sushi, e eles realmente gostam de sushi e comeram, mas há outros pratos mais consensuais na gastronomia japonesa.
Exemplos de pratos japoneses de que os miúdos gostaram:
- Tonkatsu – panados de porco com arroz;
- Kushikatsu – espetadas de vários tipos de carne;
- Ramen – sopa de noodles muito saborosa que pode ter ovo, legumes, carne, cogumelos, etc;
- Gyozas – é uma massa recheada com carne em forma de meias luas (ao encomendarem tenham em conta que uma gyoza traz 6 ou 7 dessas meias-luas). A origem é chinesa, mas o seu consumo é frequente no Japão;
- Sushi – para os miúdos que gostam de sushi os Onigiri dão jeito para levar nas viagens de comboio, como os japoneses fazem. São bolinhas de arroz envolvidas em alga e com recheio de peixe ou pasta de atum. Podem encontrá-las em pacotes individuais nas lojas de conveniência por menos de 1€;
- Outside Skirt Steak – carne de vaca muito tenra acompanhada de arroz branco.




Carrinho de bebé: levar ou não?
Levar, sem dúvida. O carrinho de bebé vai ser útil tanto no destino como na escala (neste momento não há voos diretos de Portugal para o Japão).
Usámos o carrinho todos os dias, exceto quando fomos ao Templo Fushimi Inari, em Quioto. No templo fizemos uma caminhada pela montanha , o percurso tinha escadas pelo meio e o piso sempre muito irregular. Não é de todo viável para o carrinho.
Conselho em Fushimi Inari: se fizerem esse percurso da montanha com um bebé levem-no num porta-bebés (usámos um marsúpio) e deixem o carrinho mesmo em casa, não há por lá onde o encostar. Para além disso, o percurso que fizemos não foi circular, portanto não era prático voltar ao ponto inicial de propósito para recolher o carrinho.
Dificuldades sentidas nas deslocações com o carrinho: há estações de comboio/metro que têm escadas. O elevador nas estações por vezes fica mesmo fora de mão, ou nem sequer existe. No entanto, nas estações sem elevador há sempre placas a encaminhar para o elevador da estação mais próxima. Para quem viaja de cadeira de rodas será importante, mas nós optámos por carregar o carrinho pelas escadas algumas vezes para não perdermos tempo à procura do elevador.
Compras
Há bons supermercados no Japão, mas em viagem com crianças ter lojas de conveniência abertas 24h é uma mais valia.
No Japão há destas lojas em TODO o lado, quase porta-sim, porta-sim, mesmo em zonas mais afastadas do centro das cidades.
São 3 as principais cadeias de lojas de conveniência no Japão abertas 24h: 7 Eleven, Lawson e FamilyMart (a nossa preferida).
Foram-nos muito úteis porque vendem de tudo:
- água;
- iogurtes;
- leite – de chocolate ou simples, em pacotinhos ou de 1L;
- café – importante para os pais;
- bolachas;
- bananas;
- gelados;
- panquecas japonesas embaladas individualmente – são semelhantes às de cá, e práticas para lanches em andamento;
- fraldas;
- revistas;
- refeições prontas a uma boa relação qualidade/preço (não mais do que 5EUR). Se quiserem aquecer para comer na hora, as lojas têm micro-ondas para esse efeito (pode servir também para aquecerem biberons).
Dificuldades sentidas: não foi fácil encontrar nas lojas de conveniência pão sem ser de forma e fruta para além de bananas. Vimos outras frutas mas muitas vezes a preços proibitivos, como morangos a 1€ a unidade! Tirando a fruta, os preços são semelhantes aos de Portugal.




Amamentar em público | Fraldários
O nosso bebé de 5 meses ainda mamava em exclusivo, portanto foi necessário amamentar várias vezes fora de casa.
Foi muito tranquilo fazê-lo em público, de forma discreta.
Havia bastantes fraldários com condições para lá de excelentes em espaços públicos como as estações de metro e comboio ou os centros comerciais.
Alguns WC para os pais têm inclusive uma cadeirinha de bebé com cinto, bastante útil para sentarmos o bebé enquanto lá estamos.
Fraldas
Encontram facilmente em todas as farmácias, lojas de conveniência (abertas 24h) ou em supermercados.